A Art Basel divulgou seu relatório anual sobre o mercado de arte, o 2022 Art Basel e UBS Global Art Market Report , escrito pela economista cultural e fundadora da Arts Economics, Dra. Clare McAndrew. Através dele podemos tirar 4 grandes conclusões sobre o que aconteceu no último ano e as tendências para o futuro.
O mercado se recuperou, mas está abaixo do nível pré-pandemia: Impulsionado principalmente pelos colecionadores mais ricos, o mercado de arte se recuperou após a queda de 2020. As vendas atingiram US$ 65,1 bilhões, um aumento de 29% em relação ao ano anterior. As vendas de altos valores (entre U$ 5 e U$ 10 milhões) aumentaram em 35%, enquanto as vendas de menor valor (abaixo de U$ 250.000) cresceram apenas 6%.
Estados Unidos ainda lidera: O relatório apontou um crescimento de um terço no mercado dos EUA em 2021, chegando a pouco mais de U$ 28 bilhões. Isso mantém o país no topo mundial das vendas de arte. A China chegou a demonstrar um crescimento até maior, porém continua em segundo lugar com U$ 13,4 bilhões. O Reino Unido vem em sequência com um crescimento de 14%, fechando em U$ 11,3 bilhões.
Maior recuperação foi nas casas de leilão: Todos os setores do mercado artístico demonstraram crescimento em 2021, mas o maior foi entre as casas de leilão, onde as vendas públicas aumentaram em 47% e as privadas recuperaram cerca de um terço. Como sempre, a arte pós-guerra e arte contemporânea representam 55% de todas as vendas, com um crescimento notável dos trabalhos produzidos nos últimos 20 anos.
NFT Art e vendas online vieram para ficar: Mesmo que em boa parte do mundo as vendas presenciais voltaram a acontecer, o mercado de vendas online demonstrou crescimento de 7%, atingindo U$ 13,3 bilhões. O relatório também apontou que a NFT Art chegou com tudo, e Beeple foi apenas o começo. As vendas de NFT relacionadas à arte expandiram mais de cem vezes, para US$ 2,6 bilhões. Entretanto, ele está majoritariamente restrito aos colecionadores de alto patrimônio (HNW), onde 74% disseram comprar NFT Art em 2021.